quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Estudando o Arqueômetro 
Capítulo VI 
As dinâmicas das formas, cores e números
Passo a passo
Neste capítulo iremos tratar da dinâmica das representações do Arqueômetro, entender a construção deste aparelho e suas interações,  analisar as visões básicas de suas chaves e fechaduras a nível geométrico, numérico, cromático e fonético,  visando entender os aspectos da ideação  e da criação. 
Estas chaves são utilizadas como instrumentos, o verdadeiro movimentar das energias,  por isso precisamos dominar o conhecimento deste planisfério, estar diante de si sem dúvidas, para não procurar coisas onde não existem.
Vejamos uma imagem completa do Arqueômetro para entendermos o que é necessário analisar e como foi construída esta mandala.



Observe bem, analise esta imagem, foram retiradas as letras dos alfabetos siríaco, assírio, samaritano, caldeu, soubba e arábico para melhor visualizarmos o Arqueômetro, o próprio Sant Yves d´Alveydre afirma que "os antigos alfabetos da Ca-Ba-La, de XXII letras, o mais oculto, o mais secreto, que me serviu de protótipo não tão somente para todos os outros do mesmo gênero mas também dos signos védicos e às letras sânscritas, trata-se do alfabeto ário. É aquele alfabeto que fui feliz em transmitir e que obtive de eminentes brâmanes, os quais nunca, nem em sonho, exigiram-me guardar segredo dele".  Quando afirma que trata-se do alfabeto ário, está falando deste alfabeto geométrico que chamamos de Arqueômetro.
Primeiramente, percebe-se que essa disposição do Arqueômetro em círculo é uma ideação do autor, uma grande percepção de como expor o que lhe foi dado como missão pelos sacerdotes brâmanes. 
Estudioso dos antigos mistérios, expôs esse conhecimento na forma de um planisfério com uma infinidade de representações, pois como o próprio autor afirmou, reforçando o que está no livro, nunca lhe exigiram que guardasse segredo. 
Segundo o Marquês, o conhecimento lhe foi  revelado através no escudo de um guerreiro brâmane, onde as revelações estavam descritas da seguinte forma:


O círculo colorido já é parte da construção do Arqueômetro. O grande mérito de Saint Yves 
d´Alveydre foi conseguir revelar o que estava descrito neste escudo e associar aos diversos elementos da geometria, sonometria, astrologia, alquimia, e outras relações. 
É certo que já possuía um vasto conhecimento sobre os assuntos dos antigos mistérios, porem faz a opção de implementar este conhecimento pelo seu aspecto primevo, veja o que afirma em  relação a esta opção: "Esse alfabeto se distingue dos outros chamados semitas porque suas letras são morfológicas, isto é parlantes, exatamente pelas suas formas, o que o transforma num alfabeto absolutamente único. Mais ainda, um estudo cuidadoso me levou a descobrir que as mesmas letras são o protótipo dos signos zodiacais e planetários, o que é também de máxima importância". Veja como foi construindo e associando conhecimentos, isto é muito importante, pois demonstra que estas correlações não foram ao acaso, pois encaixaram-se com perfeição.
Conclui reafirmando: "Os brâmanes chamam esse alfabeto de vattan; e parece que se remonta à primeira raça humana, pois, pelas suas cinco formas matrizes (ponto, reta, triângulo, quadrado e círculo), rigorosamente geométricas, confirma ele mesmo: Adão, Eva e Adamah". Portanto, fechamos aqui um raciocínio do que vem a ser essa construção, ideografada de forma genial e lógica, como veremos a seguir passo a passo. 

O centro do Arqueômetro

O ideograma do centro emana o nascimento das forças do divino, os raios brancos simbolizam a origem do todo, as emanações das cores primárias e secundárias são simples representações da criação, a manifestação do sagrado, neste plano, o centro de todas as representações são abstratas. 


A manifestação da cosmogonia do Arqueômetro

A seguir, a partir deste centro, encontra-se uma sequência de símbolos astrológicos afins, descritos com muita destreza para demonstrar o que o autor quer evidenciar  nas correlações  das últimas camadas dos diversos círculos concêntricos do Arqueômetro.
O autor demonstra, primeiramente, símbolos que todos estudiosos dos antigos mistérios sabem reconhecer, explicitando didaticamente o que pretende, pois evidencia em primeiro plano as representações planetárias e posteriormente as zodiacais, isso facilita muito o entendimento das letras geométricas, pois já se encontram associadas aos aspectos da tradicional astrologia,  vejamos a sequência:


A parte intermediária do Arqueômetro finaliza com as notas musicais, todos esses elementos são conhecidos, vejamos novamente o Arqueômetro completo, pois Saint Yves d´Alveydre queria que as correlações fossem perfeitas, ou seja, que signos, planetas, notas musicais, cores e geometria estivessem alinhados de uma forma associativa e harmônica, assim se inicia o processo de interpretação e análise deste instrumento, pois requer ordem, visualização da sequência e da harmonia de sua idealização. Dominar este conhecimento básico é fundamental para adentrarmos nos aspectos subjetivos destes saberes. 
Analise, novamente,  o Arqueômetro completo e tire suas conclusões, verá que é importante ter método e analisar as partes, pois ajudam a compreender o todo.

Conforme prometido, em breve, retomaremos a pulsação das formas e suas relações com os movimentos de translação dos planetas e os quatro elementos.

Bons estudos, luz e paz. Deixe seu comentário, pois é sempre bem-vindo.









3 comentários:

  1. Orlando,

    No plano mental, podemos criar uma analogia da compreensão do Arqueômetro com o Big Bang, isto é, logo após a “explosão” ocorreu à emissão de luz - energia, em seguida, o som passou a existir como elucidado abaixo:

    “O "som" característico da radiação propagada é semelhante ao ruído térmico, ou seja, um silvo branco (ruído branco contendo todas as frequências), contínuo, linear igual ao ruído que se ouve num receptor de televisão, ou de receptores de frequência modulada quando estão fora de sintonia. O som característico é um "sssssss" constante, ou um ruído de cachoeira”(http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Bang).

    O ruído branco contento todas as frequências parte do centro do Arqueômetro, contudo com a expansão do “querer divino” teremos a criação dos planetas e seres vivos, sendo que a luz e o som são responsáveis pelos efeitos que caracterizam a forma ou a matéria.

    Um deles é o efeito causado pelo movimento em relação a um referencial que ora se aproxima ou se afasta da fonte emissora de luz, ou seja, caso ocorra aproximação da fonte em relação ao observador teremos uma cor aparente azul, de outra forma, caso ocorra um afastamento teremos uma cor aparente vermelha devido ao prolongamento do comprimento de onda é o chamado Efeito Doppler.

    Abraços!

    Ramirez

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  2. Boa tarde Orlando, por favor, na figura acima, o círculo maior que tem no centro os neumas do 04 elementos, em sua órbita tem 08 sinais, o que seriam e significam estes sinais? pode me ajudar.

    Obrigado,

    Admilson

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  3. Quando vi a figura com baixa resolução, pensei a princípio que as linhas paralelas com pontinhos eram representações do I Ching. Só lendo o texto que soube que eram as notas musicais! Mas teria como encaixar as figuras do I Ching no Arqueômetro? Como?

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