segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Estudando o Arqueômetro 
Capítulo V 
As regências planetárias e os quatro elementos.


A Coroa Planetária e Zodiacal da Palavra, no Arqueômetro, tem muitas particularidades e  diferentes maneiras de manifestar a mesma coisa, isso  nos ajuda a compreender como funciona este maravilhoso aparelho, uma delas são as regências planetárias sobre os signos, seu movimento no céu do zodíacos e as relações com os quatros elementos.
Vejamos primeiramente como ocorrem as regências dos planetas  sobre os signos na Astrologia Tradicional, preste bastante atenção pois trata-se de detalhes do Arqueômetro em movimento, por isso aproveite mais esta oportunidade de ver por um foco diferenciado as mesmas representações e como interagem.




O planisfério do zodíaco apresenta quatro triângulos equiláteros entrecruzados, sendo que, cada um representa um elemento da natureza relacionado nos seus vértices à um signo, são doze signos e quatro elementos, divididos teremos três signos por elemento da natureza, representando o plano mental, emocional e físico. 
Veja  todos entrecruzados, analise com calma observe que existe uma harmonia e uma lógica profunda nestes entrelaçamentos.


Vejamos a seguir triângulo a triângulo,  vamos evidenciar cada elemento no círculo astrológico para facilitar seus estudos, isolando um a um, assim a exposição se tornará mais didática. Este assunto não é profundol, mas temos que iniciar essa jornada, pois teremos muitos desafios pela frente.


Triângulo da Terra
A energia Telúrica


Iniciando nossos estudos pelo triângulo da Terra, pode-se dizer que é o triângulo que Saint Yves d´Alveydre revelou mais detalhes, pois estabeleceu ligações importantes. Fez extensas considerações sobre as cores, sons, números e formas deste triângulo. 
Tem seu vértice apontando para o Norte ou para o Zênite, Saturno, que rege Capricórnio, continuando, no sentido horário, temos Mercúrio que rege Virgem, finanlizando em Vênus que rege Touro. Todos são elementos de coesão, suas cores, letras, sons e números respondem a essa tendência, através desta representação pode-se encontrar diversas revelações de nomes sagrados utilizando as letras dos planetas e signos, como o nome de Jesus, YSHO,  dentre outros como: OSHY, VYSHiNU e SHYVa,  aprofundando encontram-se muitas outras revelações. É importante lembrar que este oráculo foi a provável base da formação destas revelações sagradas, extraídas através na força de tantra, mantra e yantra.  


Triângulo da Água
A energia Hídrica



Da unidade das estruturas hídricas nasce a vida planetária, expressão divina do feminino, princípio do nascimento, as águas da purificação, a fluência, a renovação e a fonte de toda vida. Das letras dos signos e astros regentes deste elemento extraem-se muitos nomes importantes como: MaRYaH, BHRaMA, BHRaMaN. Este triângulo entrecruzado com o trinângulo da terra forma o principal símbolo da vida no planeta, inclusive faz parte das primeiras considerações,do livro o Arqueômetro, com uma imensa dica de que é a "Chave de  todos as ciências". Isso demonstra claramente que este entrecruzamento, através do triângulo de Jesus e Maria, tem um poder de imenso lastro energético planetário. 
Os planetas regentes e os signos deste elemento principiam na Lua que rege Cãncer, a seguir em Júpiter que rege Peixes, finanlizando em Escorpião regido por Marte.
Triângulo do Fogo
A energia Ígnia
Está relacionado às forças de transformação, suas chamas atuam em diversos níveis vibratórios, possibilitando a purificação e o recomeço, é o fogo da glória e da salvação. Todas estas forças estão relacionadas às energias crísticas que principiam em Leão regido pelo Sol, logo a seguir em Áries regido por Marte, finalizando em Sagitário regido por Júpiter.  

Triãngulo do Ar
A energia Eólica

O elemento eólico, vulgarmente conhecido como ar, apresenta sutil e poderosa interferência, não menos intensa do que os outros elementos, representa a expansão e encontra-se regido por Vênus em Libra, Saturno em Aquário, finalizando em Mercúrio que rege Gêmeos. Representa a purificação, os ares da renovação, atua na intermediação com planos etéricos.

Vamos ficando por aqui neste capítulo, aproveitem, ainda temos muito o que estudar, estamos somente iniciando, o material disposto nestes capítulos tratam somente do plano objetivo ou comparativo, temos muito o que aprofundar, pois os planos relativo e superlativo trazem novas visões, permitem a mente adentrar em outras esferas, mas por enquanto tudo que vem sendo exposto é de grande serventia para os neófitos ou mesmo para os que ainda não entenderam direito como funciona o Arqueômetro. 
No próximo capítulo iremos discorrer sobre a "sístole e a diástole" cósmica, a expansão das letras e cores, aproveitaremos para abrir algums assuntos sobre os números, principalmente como analisar a unidade, a dezena e a centena no Arqueômetro. 


Deixe seu comentário, vindo de boa vontade será sempre produtivo.

Luz e paz.









sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Estudando o Arqueômetro 
Capítulo IV 
As letras sagradas, regras e formações


No capítulo anterior iniciamos o processo dos estudos com o entendimento da bandeira arqueométrica, explicitando como se constituem as cores e as formas geométricas em cada plano do Arqueômetro, expusemos fatos básicos para facilitar o entendimento deste tipo de conhecimento. Por isso, continuaremos a decifrar mais alguns aspectos destes estudos para sedimentar a assimilação do conhecimento.
Iniciaremos por ratificar que o alfabeto arqueométrico e as demais constituições deste aparelho dividem-se em três camadas, o Plano Divino, constituído por três letras, a Coroa Planetária da Palavra, constituída por sete letras, os sete planetas da Astrologia Tradicional e a Coroa Zodiacal da Palavra, constituída de doze letras, representando os doze signos do zodíaco. Preste bastante atenção, pois este alfabeto contém uma autológica, logo, percebendo algumas destas representações, conseguirá entender toda a sistemática. 


1) Plano divino 


Neste plano a representação é a do centro do Arqueômetro, os raios brancos em expansão, não existe diferenciação das cores, para ser mais preciso não existe diferenciação de cores, sons e formas, até os números. Por isso a forma é a básica possível, o ponto, a menor representação geométrica.
Abstraia-se, pois as três primeiras letras ou formas geométricas são simplesmente o ponto visto por ângulos diferenciados, assim como o branco é a síntese das cores, o ponto é a síntese das formas, depois adentraremos no mundo dos números e sons virginais.


Observe com bastante atenção



Perceba que tudo é um ponto, não existe nada de extraordinário, pelo contrário, decifrar o Arqueômetro é pensar de forma objetiva, simples, se complicar não é arqueométrico. 
Este primeiro nível é a síntese, o ponto, a cor branca e o número um, neste nível está situado o prisma, representado no Arqueômetro pelos raios centrais. Portanto, gerador das cores e formas geométricas, primárias e secundárias, como veremos a seguir.

2) Coroa Planetária da Palavra


Perceba nesta visão esquemática como tudo é muito simples, didático, fácil, não existem complicações, é união de cores e formas, as cores primárias são oriundas do prisma e das formas da camada superior. 


3) Coroa Zodiacal da Palavra




A Coroa Zodiacal segue a mesma sequência da Coroa Planetária, aparecendo cores e formas  das representações da regência planetária, basta observar. 
Em breve disponibilizaremos a regência dos planetas sobre os signos com a distribuição das cores, isto ajudará a entender melhor o funcionamento desta engrenagem engenhosa.


Bons estudos, deixe seus comentários, serão sempre bem-vindos.


Luz e paz. 





quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Teogonia, Cosmogonia  e Antropogonia 
Papus 
O Tarô dos Boêmios 

Segunda Parte

            Existe um tema que Papus trata no livro "O Tarô dos Boêmios" que é muito importante para a compreensão do papel de quem interpreta as lâminas do oráculo e de quem as consulta. É fundamental a Intuição, o dom e a sensibilidade, isto é indiscutível,  são pré-requisitos para que o jogo seja bom, adicionados aos conhecimentos profundos do sacerdote,   o resultado é insuperável. 
Estou falando dos conceitos e aplicações dos aspectos superlativos da Teogonia, relativos da Cosmogonia e objetivos da Androgonia,  pois estão diretametne relacionados  com as interpretações das lâminas e como visionar a leitura do conjunto do oráculo. 
           Papus não explica como fazer isso de forma didática, expõem os fatos, mas não deixa claro como aplicá-los, isso é proposital, é assim que se explica algo esotericamente, descrevendo sem abrir todo os detalhes do conhecimento, fazendo com que o neófito o busque. 
           A partir deste momento estaremos focados no Simbolismo do Tarô, pois é neste item  que Papus o torna iniciático,  pois trata da aplicação da chave geral, principalmente do Grande Arcano, deixando claro a figura emblemática do masculino e do feminino, positivo e negativo, os quatro elementos e alguns símbolos que funcionam na montagem das chaves que abrirão estes segredos.


Figura, em síntese, das chaves dos Grandes Arcanos 


             Na explanação, Papus insiste que quer evitar o empirismo, enfatizando que por este motivo, na primeira parte do livro, direcionou para o  "elemento mais fixo, mais invariável de suas combinações, o número". Na sequência segue orientando que "o Tarô representa a ciência antiga em todos os seus desdobramentos... Portanto, se quisermos encontrar uma base sólida para o estudo dos símbolos representados nos vinte e dois arcanos maiores, precisamos deixar um pouco de lado nosso Tarô e dirigirmos-nos a essa ciência antiga". Neste momento Papus deixa claro que o Tarô é um meio, uma dialética, mas que existe algo maior, superior, na realidade conhece a existência do Arqueômetro ou da Tábua de Esmeralda de Hermes, por isso afirma: "somente ela pode  dar-nos os meios de atingir nosso objetivo; isso não será feito achando nela a explicação dos símbolos, mas através de nossa atitude de criá-los um a um, deduzindo-os de princípios fixo e gerais". 
           Neste momento conclama o doutro do oráculo a não utilizá-lo decorando suas lâminas e símbolos, e afirma: "vamos realizar assim um tipo de trabalho totalmente novo, evitando, tanto quanto possível, incidir nos erros decorrentes da ideia de querer explicar o símbolos do Tarô por eles mesmos, em lugar de procurar a sua razão de ser na fonte original".  Essa explicação diz muita coisa, principalmente que a construção arquetípica das lâminas tem suas origens nas culturas oraculares sacerdotais, pois estes são os detentores dos saberes primevos. Apesar disso dedica todo um capítulo à descrição simbólica de cada uma das lâminas dos Arcanos Maiores, o que evidencia, também, a importância dos símbolos. 


            
                                           Teogonia, Cosmogonia e Androgonia
              O estudo do Tarô de Papus evidencia três aspectos importantes da forma de ver os assuntos iniciáticos: a Teogonia, a Cosmogonia e a  Androgonia, que estão diretamente relacionados com as visões superlativas, relativas  e objetivas. 
             Então é fundamental entender do que se trata essa visão diferenciada de Papus sobre as lâminas do Tarô. 

Teogonia ou Superlativo
Trata dos aspectos relacionados ao divino, ao incriado, ao infinito, é a leitura oracular que relaciona o indivíduo ou a situação às consequências divinas. Esta leitura do Tarô é tão profunda que Papus a correlacionou com as origens criadoras de diversas correntes do pensamento religioso, dividindo-as em três:
1) Deus Pai - Osíris - Brahma - Júpiter
     Simboliza a atividade absoluta, as lâminas observadas neste nível tratam diretamente da visão sobre o que oráculo fala da vida no plano divino, o princípio masculino, a semente original e qual seria a origem e a finalidade da vida no sagrado.
2) Deus Filho - Ísis - Vishinu - Juno
    Simboliza a passividade, a parte feminina deste princípio, o eterno feminino, as lâminas analisadas pelo lado receptivo do sagrado, criador, reprodutivo, o que o beneficiado pela consulta ao oráculo pode fazer neste plano de infinita reprodução.
3) Deus Espírito Santo - Hórus - Shiva
    Aqui encontramos a junção das duas forças anteriores, o criado, a manifestação do sagrado na vida da humanidade, resultado da trindade, as três forças que se completam. 


Essa leitura pode ser realizada para qualquer um que queira consultar o oráculo, mas prevalece a ideia que seja utilizada intensamente para os iniciados dos mistérios, indivíduos que buscam outro grau de entendimento,  os efeitos do seu magnetismo nas lâminas e o que dizem sobre o plano espiritual. Portanto, a leitura das lâminas, vista sob o aspecto da Teogonia, envolve elementos distantes do mundo material, por isso recebe a definição de que se trata de aspectos superlativos, ou seja, extra sensoriais, extra físico, imperceptível aos olhos de quem vive no lado comum da vida. 
Normalmente, essas chaves são tão complexas que as pessoas as  vêem nos livros e não conseguem decifrar seus códigos, pois estão relacionadas à visão Teogônica e à Cosmogônica, como veremos a seguir. 
Cosmogonia ou Relativo
O  próprio Papus indica que esta segunda visão é um degrau abaixo da primeira, quando diz que "à medida que vamos descendo os degraus das emanações do Ser Absoluto, os princípios vão ficando mais materiais e, portanto, menos metafísicos. O Tarô nos ensina que o Universo resulta da participação do humano nos atos criadores do divino". A cosmogonia trata do espírito manifesto nas diversas camadas dos mundos existentes no Cosmo, mas ainda não diz respeito à vida terrena. Trata das moradas das almas e das influências sofridas por estes seres neste campo da manifestação divina através do bailado cósmico, simboliza a visão esquemática da Astrologia, por exemplo. Também está relacionada à Queda dos Espíritos, seres oriundos dos planos divinos, imateriais, manifestos no Cosmo, em suas diversas dimensões e influências. A partir deste ponto a leitura do Tarô é mais comum, pois trata de um processo perceptível a boa parte dos humanos, mas muitas vezes ainda falta alcance, pois a maioria quer saber de assuntos mais corriqueiros, isto pode ser visto na leitura da Androgonia oracular. 



Androgonia ou Objetivo
Papus foi sábio quando afirmou que o ser humano  "contém em si um Adão fonte da vontade, uma Eva fonte da inteligência e deve equilibrar o coração com o cérebro e o cérebro com o coração para tornar-se um centro de amor divino". A leitura androgônica do Tarô trata do ser encarnado, na matéria, com suas mazelas e incongruências, caminhos e alternativas para viver melhor, pois neste plano encontra-se, também, manifesto os princípios Teogônicos e Cosmogônicos, pois é impossível separá-los, pois trata-se de uma via de mão dupla.



A capacidade do sacerdote ou da sacerdotisa, entenda como quiser, pode ser cartomante,  é o que distingue, invariavelmente, o que dizem as cartas, tudo contido no ritual e como irá interpretá-las. O ambiente bem constituído favorece muito o ritual,  sem fugir da máxima: "você tem fome de quê"? Tudo depende da qualidade daquilo que se busca e de quem se propõem a colocar as lâminas sagradas, pois trata-se de um ato sacerdotal, o que define a amplitude é a visão de quem manipula esta sabedoria oracular, quanto mais conhecimento dos aspectos Teogônicos, Cosmogônicos e Antropogônicos, mais completa será a leitura e interpretação do oráculo. Quanto mais preparado estiver a mente dos consulentes maiores serão as possibilidades de se acessar as profundezas de suas revelações, pois somos produto do sagrado, a manifestação do micro no macro.
Luz e paz





  
           

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Estudando o Arqueômetro 
Capítulo III 
A bandeira arqueométrica e suas proporções

"Não podemos iludir-nos quanto ao trabalho 
necessário a ser feito para manejar com perícia
 e toda ciência desejável esse instrumento de
 transformação intelectual, religiosa e social
 que é o Arqueômetro".

O  Arqueômetro,  Saint Yves d´Alveydre 

No livro, O Arqueômetro, a bandeira arqueométrica aparece sem nenhuma explicação, colocada na sequência do texto, algo a ser analisado, pode até parecer despretensioso, mas vindo de quem veio, não é. Na realidade, caberia um belo capítulo somente para explicá-la, mas quem a colocou queria que o leitor pensasse, analisasse, fosse fundo nas questões de sua representação e de sua didática. É isso que iremos fazer neste texto, um ensaio que procura decifrar e expor o que quer dizer essa bandeira e seus símbolos.

Vejamos a seguir  uma das imagens da bandeira com os primeiros aspectos das revelações, realizados de forma proposital, visando suscitar no leitor impressões fortes do que existe nesta síntese e nos seus desmembramentos.


Aqui está uma das bandeiras arqueométricas, traz algumas dicas muito boas de como analisar o Arqueômetro, pois nela está contida uma lei de proporções, à princípio parece ser somente de cores, posteriormente pode-se constatar que é também de formas (geometria), sons e números, pois uma vez decifrado o código das cores aplicasse a mesma regra aos demais, portanto é uma chave deixada no livro propositalmente.
 Fique atento pois iremos iniciar a análise das cores, posteriormente iremos discorrer sobre o restante das chaves. 
Inicialmente iremos extrair e analisar o miolo da mandala, somente para relembrar veja a figura em forma de cone, a bandeira é idêntica, porem é vista de forma bidimensional.



Vamos começar extraindo a camada mais interna da bandeira arqueométrica, a dos planetas:

Temos que imaginar que no centro existe um prisma que divide a luz branca em sete cores, estas cores estão relacionadas aos sete astros (5 planetas, a Lua e o Sol) regentes da astrologia tradicional, distribuindo a matiz das cores da seguinte maneira:
      
Primárias
 Saturno (Amarela)
Mercúrio (Azul) 
Vênus (Vermelha)

Secundárias
  Júpiter (Laranja)
Marte (Verde)
Lua (Violeta)


   No centro fica o Sol que poderia ser representado na cor branca, mas o autor preferiu destacar em um tom violeta escuro. 
Para compreender cor e forma, por exemplo, podemos pegar a bandeira de Marte  e  analisá-la: 



Preste bastante atenção, pois esta autológica se repetirá para as demais representações, é muito simples depois de desmembrada e analisada, pois este maravilhoso aparelho, chamado Arqueômetro, não foi inventado, segundo o próprio Saint Yves d´Alveydre, foi revelado, presente de Deus aos homens. 

Vejamos a seguir a bandeira arqueométrica completa, com todo o sistema de planetas e signos, perceba que tudo fica muito claro, basta seguir a lógica já explicada. 
A proporção para os signos zodiacais é diferente, pois a matiz aumenta na proporção da fração para quatro (4), diferente dos planetas que a proporção da fração é  de dois (2).


Agora vejamos a bandeira arqueométrica nas cores já misturadas, conforme o livro, os planetas e signos foram adicionados para melhorar a compreensão:



Já temos muitas informações, faça suas análises, continuaremos a explicar essa autológica nos passos seguintes, aproveite para entender bem esse processo, pois uma vez que dominar a teoria poderá colocá-la em prática. 
Em breve iremos mostrar a prática do Arqueômetro, as elaborações de objetos rituais, músicas, formas arquitetônicas, enfim. uma variedade de possibilidades que esse maravilhoso instrumento tem para nos mostrar, a verdadeira arte dos mestres ancentrais.

Luz e paz.







sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A dialética do Arqueômetro    
Papus     
O Tarô dos Boêmios
Primeira Parte

            Neste texto iremos analisar de forma sucinta pontos importantes do livro “O Tarô dos Boêmios”, de Papus. Este era o nome iniciático de Gérard Anaclet Vincent Encausse  (* 1865 – 1916 +), nascido em Corunha, Espanha, porem viveu praticamente toda sua vida na França. Foi médico, escritor, ocultista, rosacruz, cabalista, maçon e um dos pais do martinismo moderno. A primeira edição do livro "O Tarô dos Boêmios" ocorreu em 1889, o autor, neste período, ainda novo, sofria forte influência dos conhecimentos ocultos judaicos, pois toda interpretação transcorre a partir dos saberes desta academia, na realidade, a maioria dos ocultistas da época estava focada nos caminhos esotéricos desta corrente de pensamento. A kaballahh ou Cabala e outros conhecimentos hebraicos ainda fascinam, pois não se pode negar que preservaram parte do conhecimento das antigas sociedades sacerdotais.
               As origens do povo cigano na Europa causam as mais variadas especulações, algumas lendas dizem que são oriundos das tribos de Israel, foragidas do Egito, outros dizem que são antigos magos Caldeus, enfim, existem muitas controvérsias sobre este povo. 

Os estudos genéticos e lingüísticos conduzem os cientistas às origens no continente Indiano, na região de Punjab. Não se sabe ao certo como iniciaram os primeiros ciclos migratórios para a Europa, especula-se que podem ter lutado contra a invasão mulçumana e migrado forçosamente por cercos dos exércitos inimigos ou escravizados e trazidos para regiões próximas à Europa. O que é mais aceito nos meios investigativos é que migraram da Índia, passando pelo atual Afeganistão, Irã, Armênia e Turquia, em processo longo que não se pode precisar, instalaram-se definitivamente no velho continente entre os séculos IX e X. O fato é que alguns povos, com características similares à dos ciganos ainda vivem na Índia, tem língua própria e muito semelhante à língua dos ciganos europeus, o romani, comprovando estreito parentesco com o povo de Punjabi e do Híndi ocidental. 
As características genéticas confirmam as evidências lingüísticas, estudos realizados em diversos grupos étnicos correspondem perfeitamente aos dos habitantes do subcontinente indiano. É provável que tenham vindo em diversas ondas migratórias até atingirem o centro-europeu. Ficaram relacionados aos Boêmios no século XV, pois o Rei da Boêmia lhes concedeu um salvo conduto, o que facilitou a fixação na França, Roma, Suíça, Espanha, dentre outros países próximos, sendo que, as nomenclaturas, boêmio e cigano, tornaram-se praticamente sinônimo.
Este pequeno levantamento será útil ao leitor, possibilitando as análises de pontos importantes destes ensinamentos, pois Papus faz várias referências aos Boêmios ou Ciganos, afirmando que essa onda migratória partiu do Egito, o que não é impossível, pois a própria ciência desconhece os detalhes dessas migrações. As possibilidades do surgimento do Tarô ficam vinculadas a duas vertentes, ou seja, ter surgido na própria Índia ou do contato com outros povos, vindo a adquirir este conhecimento.
O ocultista deixou um legado de livros sobre variados assuntos herméticos, dentre este, um livro dedicado ao Tarô ou Tarot, visando resgatar aspectos ocultos e fundamentais na cultura dos oráculos ao retroceder em busca de suas origens. 
Foi bastante pragmático na análise do oráculo, utilizou o mais tradicional dos Tarôs como base deste estudo, o de Marselha, também citou as lâminas de Court de Gébelin, reconhecido como o primeiro estudioso do Tarô. Os dois tarôs utilizam o método tradicional de 78 lâminas ou cartas,  com a separação primária pautada nos 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores. 
Na primeira parte do livro procura atribuir as origens do Tarô na Europa ao povo cigano, criticando as antigas sociedades de mistérios, como a maçonaria, por terem perdido ou renegado este conhecimento. Não podemos esquecer que Papus era maçon e teve forte influência dos ciganos, pois sua mãe era espanhola e de genealogia cigana. 
Afirma que "os boêmios possuem uma bíblia, bíblia que os faz viver, pois com ela predizem o futuro. E essa bíblia é motivo de perpétua diversão, pois ela lhes permite jogar". E segue: "esse jogo de cartas chamado Tarô, que os boêmios possuem, é a bíblia das bíblias, revelação original das antigas civilizações". Enfatiza que "esse jogo de cartas chamado Tarô que os boêmios possuem... é o livro de Thot Hermes Trimegisto, é o livro de Adão, é o livro da revelação original das antigas civilizações". Neste caso Papus refere-se à Tábua de Esmeralda, às placas de nefrita, ao Arqueômetro, ao instrumento sagrado que exprime a ideação divina através de um planisfério também cósmico e humano.
O Tarô certamente é a dialética da representação do planisfério divino, cósmico e humano, ou seja, uma maneira excepcional de manifestar o sagrado no plano das formas.
A escrita hebraica é muito rica nesta expressão, pois ajuda a elucidar pontos difusos de algumas representações do oráculo. As letras e a Kabbalah contém ordenações e sentidos muito fortes e bem estruturados, possibilitando uma análise consistente para o desenvolvimento lógico, fácil de expor os fatos e de adquirir conhecimentos. 
Vale deixar registrado que o Arqueômetro, após estudos comparativos com a estrutura dos hebreus, apresenta uma lógica melhor distribuída em elementos quantitativos e qualitativos, talvez tenha sido esse o motivo de Saint Yves d´Alveydre, profundo estudioso de toda essa cultura do ocultismo, ter optado pelo Arqueômetro como instrumento base de seus estudos e revelações, sem deixar de enfatizar os frutíferos elementos contidos na Kabbalah.  
Depois dessas primeiras assertivas, sabendo que Papus pautou suas análises e elucidações na Cabala Hebraica, no seu alfabeto e na sua numerologia, entende-se a afirmação que o ”IOD-HE-VAU-HE é a palavra que nos indica a Unidade de vossa origem, ó franco-maçom, ó cabalistas, TARÔ, THORA, ROTA são as palavras que indicam a todos, orientais e ocidentais, a unidade de vossas necessidades e de vossas inspirações no eterno Adão-Eva, fonte de todos os nossos conhecimentos e de todas as nossas crenças”.
Calcado nestes princípios realizou a distribuição das lâminas do Tarô nas quatro letras do alfabeto hebraico, determinando qualidades e objetivos. Neste momento fica claro para o leitor que Papus quer retirar o Tarô do senso comum e colocá-lo em um plano superior, o dos antigos mistérios, inclusive alerta e enfatiza sobre essa diversidade na seguinte afirmativa: “é próprio dos estudos da verdadeira ciência oculta o poder ser livremente exposta perante todos. Semelhantes às parábolas, tão apreciadas pelos antigos, tais estudos parecem a muitos não serem senão a expressão dos vôos de uma imaginação muito ousada; por isso, nunca se deve ter medo de estar falando abertamente demais; o Verbo só atingirá aqueles que devem ser atingidos”. 
Muito interessante esta afirmativa, pois não “retira” o Tarô das mãos do povo, pois sabe que pode ser um instrumento do despertar das consciências, mas enfatiza a necessidade de retornar às origens sagradas.
Assim inicia um trabalho simples e fantástico, pautando toda distribuição das cartas ou lâminas no tetragrammaton, ou nas quatro letras dos princípios divinos e inefáveis ou simplesmente  Deus. Essas letras são יהוה, IOD-HE-VAU-HE. Toma como base os 56 Arcanos Menores e posteriormente aplica a mesma regra aos Arcanos Maiores, conforme a seguir: 

O mago Papus foi direto na questão, traçou uma cruz e atribuiu qualidades aos IOD HE VAU HE, onde IOD é o princípio criador, divino, masculino, HE é o princípio conservador, astral, feminino, VAU o transformador, físico, equilibrante, e o segundo HE a transição ou geração.
Todas as lâminas ou cartas do Tarô foram dispostas  nestes quatro princípios, proporcionando uma autológica, disposição visível de todas as cartas e total ênfase para os valores superlativos ou teogônicos, relativos ou cosmogônicos e positivo ou antropogônicos.
Cada uma das letras contém qualidades específicas ao princípio ao qual está vinculada, onde engenhosamente foram dispostos em uma estrutura triangular que exprime sequencialmente os mesmos princípios em níveis diferenciados como veremos a seguir:


Vejamos a distribuição dos Arcanos Menores, lembrando que isto se aplica a cada naipe, pois todos estão vinculados a estes princípios dentro dos elementos da natureza que representam, ou seja, a representação da cosmogonia no elemento fogo (paus ou bastões) não é a mesma do elemento água (ouros), trilham o mesmo caminho por vias de manifestação diferentes, ou seja, desembocam em suas vertentes. Então fica claro que, por exemplo, as cartas 1, 4, 7 e Rei estão relacionadas aos aspectos positivos, pois encontram-se dispostas no ápice dos quatro triângulos, assim como 2, 5, 8 e Dama, aos negativos, seguindo 3, 6, 9 e Cavaleiro à neutralidade e finalmente 4, 7, 10 e Valete são lâminas relacionadas à transição, conforme a seguir: 


Isto se aplica também aos Arcanos Maiores,  conforme a seguir:


A regra é a mesma dos arcanos menores, o que muda é o atributo e valor de cada carta no jogo, um Arcano Maior pode indicar muitas coisas, enquanto um Arcano Menor indica, provavelmente, um caminho específico.
Ao final desta análise Papus entrecruzou os triângulos dos Arcanos Maiores e fechou uma visão esquemática geral, atribuindo valores quantitativos e qualitativo aos aspectos da Teogonia, Cosmogonia e Androgonia do oráculo, fechando com elucidações muito proveitosas para os amantes das cartas.
Refez todas as lâminas adicionando informações preciosas às imagens, revelando fortes símbolos de maneira muito especial e reveladora, pois evidenciou elementos que encontravam-se velados no Tarô de Marselha, disponibilizando muitos conhecimentos para os amantes da arte oracular. 
Resumo esquemático de Papus e disposições das lâminas do Tarô dos Boêmios e suas qualidades na hierarquia oracular:


A beleza e a plástica do Tarô de Papus, veja algumas cartas:


Luz e paz, vamos conversando, deixe seu comentário.





Estudando o Arqueômetro
Capítulo II 
O Arqueômetro de Saint Yves d´Alveydre





O Arqueômetro é um instrumento fantástico e engenhosamente elaborado, revelado por Saint Yves d´Alveydre (*1841 – 1909+), é a expressão, em síntese, de muitas formas de se ver a religiosidade, a arte, a filosofia e a ciência, pois possibilita a observação desses conhecimentos por diversos focos.
         A representação esquemática fornece a visualização de muitas vertentes, por isso, didaticamente, o ideal é escolher um caminho de afinidade para iniciarmos os estudos, pois o que fascina é perceber que em breve teremos vários olhares deu m mesmo objeto, confirmando a ênfase de que o Arqueômetro possibilita diferentes visões, reforçadas pelo Mestre que o revelou como expressões dos conhecimentos superlativo,relativo e objetivo, ou seja, possibilita que cada um veja da forma que sua mente permitir, diferenciada, mas sem perder o eixo do fundamento. 
Podemos expressar várias elaborações a partir deste instrumento, por exemplo, se utilizarmos a arte conjugada com a ciência, obteremos a harmonia das formas, o belo, podemos também relacionar as notas musicais com a geometria arquitetônica, imprimindo sonoridade à forma. Na religiosidade, a arte é litúrgica e teurgica, associando indefinidos elementos simbólicos aos rituais, ainda dentro do contexto da religiosidade,  a arte aparece na harmonia das formas, na cosmogonia da liturgia e chaves matemáticas de formatações dos templos.
Por isso que é um instrumento maravilhoso, meio de indefinidas formas de expressar ao mundo a sagrada condição do ser humano e suas mais sublimes ideações. Ao observá-lo, logo percebemos que existem outras vertentes, enfim, o Arqueômetro é um instrumento a ser explorado, pois é a síntese de todas as escolas dos saberes, não somente da antiguidade, pois trata-se de fundamento, isto significa que é atemporal. 
A partir deste momento vamos adentrar neste mundo maravilhoso e explorá-lo com a propriedade de quem sabe o que busca e encontrar as mais variadas formas de utilizá-lo, tenho certeza que iremos compartilhar muitas visões de um mesmo instrumento. 
O Arqueômetro é comum a muitas civilizações, pois outros instrumentos semelhantes foram encontrados nos sítios arqueológicos de diversas culturas. O que diferencia o Arqueômetro contido no livro de Saint Yves D´Alveydre, no início do século XX é a exposição de algumas significativas decomposições deste selo universal, principalmente por revelar uma parte do lado oculto desta engrenagem. 
O alfabeto era morfológico, ou seja, falava através de suas formas, delineadas pelo ponto,a linha, o ângulo, o quadrado e o círculo, a partir desta premissa e da astrologia iniciaremos os estudos deste maravilhoso selo sagrado.Observe o giro, veja o ponto se transformar em uma reta, a reta ganha ângulo, este ângulo gira e vira um quadrado e finalmente um círculo que se comprime até retornar ao ponto.Todas as formas geométricas no Arqueômetro ganham forma no movimento de uma para outra, abstrai-se e veja o movimento da forma. Isso é muito importante, pois reforça os sentidos e a intuição.


Primeiramente temos que entender que o Arqueômetro está disposto em uma mandala astrológica, que exprime, a partir de seu centro, a criação do Universo, a manifestação divina, o big bang, este centro tem uma representação mínima de formas, pois exprime o Uno, as três letras iniciais são representações diferentes da mesma coisa, o ponto. Estende-se a um segundo plano, representado pelo entrecruzamento de dois triângulos eqüiláteros tendo o Sol ao centro, em cada ponta dos triângulos um planeta da antiga astrologia e a Lua, portanto não aparecem Netuno e Urano, finalizando encontramos um último entrecruzamento, de quatro triângulos eqüiláteros, que na astrologia representam os signos e os quatro elementos da natureza. Repare que chamei o Arqueômetro de selo, isto se deve ao fato que é um registro, um momento de como se encontrava o céu quando os nossos ancestrais registraram o evento em um oráculo sagrado, sobre isso iremos discorrer nos capítulos que virão, registre. 
Entenda que, no Arqueômetro, tudo tem um princípio geométrico em movimento, portanto, o ponto gera a reta que se movimenta e forma o triângulo que se movimenta e forma o quadrado que finaliza a forma no círculo, todas as letras arqueométricas são produto do movimento que gera a nova forma, esteja atento, pois é um passo importante para entender como Saint Yves dispôs esses símbolos. É um alfabeto de 22 letras, morfológico, ou seja, fala através de suas formas. 
O Arqueômetro
Reprodução do instrumento idealizado por Saint Yves d´Alveydre
Observe a imagem completa do Arqueômetro. Existem muitas informações, por isso para estudá-lo devemos decompor alguns elementos contidos na síntese, visando retirar informações preciosas para o início da construção de parte deste saber e também buscar caminhos que possibilitem a aquisição constante do entendimento mínimo  e necessário para galgar outros patamares em nossos estudos. 
Veja o desmembramento de cores, planetas e astros, iniciaremos desta maneira:


Quando utilizamos alfabetos mais usuais, pouco ou nada entendemos, temos que nos aprofundar nos estudos e conteúdos de cada língua, mas quando mostramos formas geométrica entendemos todas, pois são iguais aqui e na China, ou melhor, no Cosmo, geometria é geometria, são formas  presentes em todas as manifestações do Universo. Assim é a escrita arqueométrica, também geométrica, para que qualquer um possa entender, por isso anote essa informação, pois vamos aprofundar os conceitos, mas por enquanto entenda o básico, é uma boa forma de começarmos a estudar. 
O que descreverei a seguir foi o que chamei no livro, Decifrando o Arqueômetro, de Chapéu do Mago, pois é a representação perfeita do que alguns alquimistas faziam com elaborados chapéus de ouro cunhados com alfabetos de antigas sociedades que conheciam os selos astrológicos.
Perceba a seguir como é a perfeita demonstração deste Chapéu do Mago, o ideal seria representá-lo em um diedro, para ganhar não somente altura e largura, mas também profundidade,isso fica para outro momento. 


É fácil perceber a importância desta revelação e sua autológica, na realidade são provas incontestes da existência das antigas universidades de mistérios, pois não se pode crer que algo tão elaborado se constituiu por si só, observa-se então, o irreversível conteúdo de um saber fecundo. O ser humano raramente crê em algo que não pode constatar, por isso assevere-se aqui a importância dos aspectos científicos contidos neste aparelho, para que a experiência possa, conforme comprovações, evidenciar uma epistemologia pautada nos preceitos da ciência moderna e atestar a expressão fenomênica, vindo a nutrir o espírito humano de convicções. A lógica contida neste instrumento ratifica a importância da compreensão do funcionamento autológico para um estudo profundo e adequado aos ensinamentos contidos nestes fundamentos, possibilitando a validação no plano mais concreto ou científico. 
Os círculo com as doze constelações, os sete planetas e três formas sagradas, distribuem-se harmonicamente e com extrema significação, compondo a mandala em síntese, planos que exprimem os pensamentos abstratos, estabelecidos  em uma lógica finalizada na consolidação de um magnífico instrumento, em forma de oráculo. 
Aqui terminamos nosso Capítulo II, espero que tenham aproveitado bastante. Caso ainda tenha dúvidas entre nos comentários, tentaremos dirimi-las. 
Luz e paz.