sexta-feira, 11 de novembro de 2011


Estudando o Arqueômetro
Capítulo II 
O Arqueômetro de Saint Yves d´Alveydre





O Arqueômetro é um instrumento fantástico e engenhosamente elaborado, revelado por Saint Yves d´Alveydre (*1841 – 1909+), é a expressão, em síntese, de muitas formas de se ver a religiosidade, a arte, a filosofia e a ciência, pois possibilita a observação desses conhecimentos por diversos focos.
         A representação esquemática fornece a visualização de muitas vertentes, por isso, didaticamente, o ideal é escolher um caminho de afinidade para iniciarmos os estudos, pois o que fascina é perceber que em breve teremos vários olhares deu m mesmo objeto, confirmando a ênfase de que o Arqueômetro possibilita diferentes visões, reforçadas pelo Mestre que o revelou como expressões dos conhecimentos superlativo,relativo e objetivo, ou seja, possibilita que cada um veja da forma que sua mente permitir, diferenciada, mas sem perder o eixo do fundamento. 
Podemos expressar várias elaborações a partir deste instrumento, por exemplo, se utilizarmos a arte conjugada com a ciência, obteremos a harmonia das formas, o belo, podemos também relacionar as notas musicais com a geometria arquitetônica, imprimindo sonoridade à forma. Na religiosidade, a arte é litúrgica e teurgica, associando indefinidos elementos simbólicos aos rituais, ainda dentro do contexto da religiosidade,  a arte aparece na harmonia das formas, na cosmogonia da liturgia e chaves matemáticas de formatações dos templos.
Por isso que é um instrumento maravilhoso, meio de indefinidas formas de expressar ao mundo a sagrada condição do ser humano e suas mais sublimes ideações. Ao observá-lo, logo percebemos que existem outras vertentes, enfim, o Arqueômetro é um instrumento a ser explorado, pois é a síntese de todas as escolas dos saberes, não somente da antiguidade, pois trata-se de fundamento, isto significa que é atemporal. 
A partir deste momento vamos adentrar neste mundo maravilhoso e explorá-lo com a propriedade de quem sabe o que busca e encontrar as mais variadas formas de utilizá-lo, tenho certeza que iremos compartilhar muitas visões de um mesmo instrumento. 
O Arqueômetro é comum a muitas civilizações, pois outros instrumentos semelhantes foram encontrados nos sítios arqueológicos de diversas culturas. O que diferencia o Arqueômetro contido no livro de Saint Yves D´Alveydre, no início do século XX é a exposição de algumas significativas decomposições deste selo universal, principalmente por revelar uma parte do lado oculto desta engrenagem. 
O alfabeto era morfológico, ou seja, falava através de suas formas, delineadas pelo ponto,a linha, o ângulo, o quadrado e o círculo, a partir desta premissa e da astrologia iniciaremos os estudos deste maravilhoso selo sagrado.Observe o giro, veja o ponto se transformar em uma reta, a reta ganha ângulo, este ângulo gira e vira um quadrado e finalmente um círculo que se comprime até retornar ao ponto.Todas as formas geométricas no Arqueômetro ganham forma no movimento de uma para outra, abstrai-se e veja o movimento da forma. Isso é muito importante, pois reforça os sentidos e a intuição.


Primeiramente temos que entender que o Arqueômetro está disposto em uma mandala astrológica, que exprime, a partir de seu centro, a criação do Universo, a manifestação divina, o big bang, este centro tem uma representação mínima de formas, pois exprime o Uno, as três letras iniciais são representações diferentes da mesma coisa, o ponto. Estende-se a um segundo plano, representado pelo entrecruzamento de dois triângulos eqüiláteros tendo o Sol ao centro, em cada ponta dos triângulos um planeta da antiga astrologia e a Lua, portanto não aparecem Netuno e Urano, finalizando encontramos um último entrecruzamento, de quatro triângulos eqüiláteros, que na astrologia representam os signos e os quatro elementos da natureza. Repare que chamei o Arqueômetro de selo, isto se deve ao fato que é um registro, um momento de como se encontrava o céu quando os nossos ancestrais registraram o evento em um oráculo sagrado, sobre isso iremos discorrer nos capítulos que virão, registre. 
Entenda que, no Arqueômetro, tudo tem um princípio geométrico em movimento, portanto, o ponto gera a reta que se movimenta e forma o triângulo que se movimenta e forma o quadrado que finaliza a forma no círculo, todas as letras arqueométricas são produto do movimento que gera a nova forma, esteja atento, pois é um passo importante para entender como Saint Yves dispôs esses símbolos. É um alfabeto de 22 letras, morfológico, ou seja, fala através de suas formas. 
O Arqueômetro
Reprodução do instrumento idealizado por Saint Yves d´Alveydre
Observe a imagem completa do Arqueômetro. Existem muitas informações, por isso para estudá-lo devemos decompor alguns elementos contidos na síntese, visando retirar informações preciosas para o início da construção de parte deste saber e também buscar caminhos que possibilitem a aquisição constante do entendimento mínimo  e necessário para galgar outros patamares em nossos estudos. 
Veja o desmembramento de cores, planetas e astros, iniciaremos desta maneira:


Quando utilizamos alfabetos mais usuais, pouco ou nada entendemos, temos que nos aprofundar nos estudos e conteúdos de cada língua, mas quando mostramos formas geométrica entendemos todas, pois são iguais aqui e na China, ou melhor, no Cosmo, geometria é geometria, são formas  presentes em todas as manifestações do Universo. Assim é a escrita arqueométrica, também geométrica, para que qualquer um possa entender, por isso anote essa informação, pois vamos aprofundar os conceitos, mas por enquanto entenda o básico, é uma boa forma de começarmos a estudar. 
O que descreverei a seguir foi o que chamei no livro, Decifrando o Arqueômetro, de Chapéu do Mago, pois é a representação perfeita do que alguns alquimistas faziam com elaborados chapéus de ouro cunhados com alfabetos de antigas sociedades que conheciam os selos astrológicos.
Perceba a seguir como é a perfeita demonstração deste Chapéu do Mago, o ideal seria representá-lo em um diedro, para ganhar não somente altura e largura, mas também profundidade,isso fica para outro momento. 


É fácil perceber a importância desta revelação e sua autológica, na realidade são provas incontestes da existência das antigas universidades de mistérios, pois não se pode crer que algo tão elaborado se constituiu por si só, observa-se então, o irreversível conteúdo de um saber fecundo. O ser humano raramente crê em algo que não pode constatar, por isso assevere-se aqui a importância dos aspectos científicos contidos neste aparelho, para que a experiência possa, conforme comprovações, evidenciar uma epistemologia pautada nos preceitos da ciência moderna e atestar a expressão fenomênica, vindo a nutrir o espírito humano de convicções. A lógica contida neste instrumento ratifica a importância da compreensão do funcionamento autológico para um estudo profundo e adequado aos ensinamentos contidos nestes fundamentos, possibilitando a validação no plano mais concreto ou científico. 
Os círculo com as doze constelações, os sete planetas e três formas sagradas, distribuem-se harmonicamente e com extrema significação, compondo a mandala em síntese, planos que exprimem os pensamentos abstratos, estabelecidos  em uma lógica finalizada na consolidação de um magnífico instrumento, em forma de oráculo. 
Aqui terminamos nosso Capítulo II, espero que tenham aproveitado bastante. Caso ainda tenha dúvidas entre nos comentários, tentaremos dirimi-las. 
Luz e paz.

4 comentários:

  1. Poderia me explicar como WW Da Matta alinhou o ARqueômetro a grafia dos orixas e se no seu entendimento esta´correto?

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  2. Caro, WW da Matta, Mestre Yapacani, foi um profundo conhecedor do Arqueômetro, não o conheci, li toda a obra deste respeitável estudioso, a associação que fez é interessante e perfeita. A Umbanda tem suas vertentes e coisas que ainda não foram reveladas,a Umbanda tem essa capacidade de mostrar diversas faces, temos que saber conviver com as diferenças, todos os terreiros são importantes, todos tem sua função na comunidade onde atuam. A obra de Mestre Yapacani é muito interessante, inteligente e totalmente coerente, claro que tudo o que novo encontra uma resistência, mas o tempo mostrará a valia deste instrumento chamado Lei de Pemba.

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  3. A mandala não é uma forma estática parada, fixada no tempo; está além do tempo e do espaço, pois não é limitada pelos mesmos.

    A mandala pulsa em movimentos constantes, assim como os astros não estão parados, estáticos no céu, eles dançam o tempo inteiro, estão em constante movimento.

    Há forças que se movimentam entre as dimensões constantemente através destes portais que conhecemos vulgarmente pelo nome de "mandala".

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  4. Gláucia, o seu comentário é perfeito, tudo que tem vida está em movimento, não pode-se observar o planisfério arqueométrico somente como uma representação estática, pois trata-se de um corpo vivente.

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